Sobre lobos e cordeiros, raposas e galinheiros: Osmar Terra, ‘Ministro’ do MDSA recebeu doações de empresas com interesse na pasta, como outros Ministros do #temerjamais

Levantamento foi feito em dados do TSE sistematizados pela Fundação Getulio Vargas

minsnasDos 23 ministros do governo interino de Michel Temer, dez receberam doações de empresas ou pessoas físicas que hoje têm interesse em suas respectivas pastas. O levantamento das informações foi feito pelo site Lupa, através dos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e sistematizados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV).

Os Ministros do dos Transportes é hoje comandado pelo deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL), que recebeu doação para campanha de quatro construtoras, num total de R$ 783 mil. Uma delas, a Sanchez Triploni, que atua na BR-222, na BR-230 e na BR-153, por exemplo, doou R$ 150 mil para o então candidato a deputado.

O Ministro da Sáude, deputado Ricardo Barros (PP-PR) recebeu, durante sua última campanha, R$ 100 mil de Elon Gomes de Almeida, presidente do grupo Aliança, empresa que administra planos de saúde. Esse valor corresponde a 3,1% do total arrecadado por toda a campanha de Barros à Câmara.

O Ministro das Cidades, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), hoje ministro das Cidades, teve 22% de suas doações eleitorais oriundas de empresas de construção, engenharia e infraestrutura urbana. Foram R$ 840 mil procedentes deste segmento. A Ética Construtora foi a empresa que mais contribuiu, doando R$ 300 mil. Em seu site, ela informa que trabalha com drenagem, pavimentação, saneamento e eletrificação.

O Ministro do Esporte, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), possui sua base eleitoral no Rio de Janeiro – cidade que receberá os Jogos Olímpicos de 2016. Na campanha de 2014, recebeu R$ 800 mil das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Carioca Engenharia, todas ligadas a obras como o Parque Olímpico de Deodoro, o Porto Maravilha, o BRT Transolímpico e a linha 4 do metrô do Rio de Janeiro. Percentualmente, esse valor representa 23% do que Picciani arrecadou para a disputa eleitoral.

E chegamos ao deputado Osmar Terra (PMDB-RS) que assumiu o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário no governo #Temerjamais. A maior parte do financiamento de sua campanha eleitoral (20%) vem de empresas do setor agrário. A JBS, dona da marca Friboi foi a principal doadora (aquela que o povo troxinha sempre foi enganado acreditando que é do filho do Lula. Que lorota, hein!!), totalizando R$ 200 mil de apoio ao peemedebista.

Além deste interesse conflitante com o cargo que ocupa, o Ministro foi protagonista do finado e nem lembrado programa Comunidade Solidária, que só onerou o recurso público, sem qualquer resultado concreto para a vida de milhões de brasileiros. Com sua chegada ao (des) governo interino traz consigo para a Secretaria Nacionla de Assistência Social, Maria do Carmo Carvalho,  uma das mentoras e sistematizadoras do Programa Comunidade Solidária, avaliado por organismos internacionais e por intelectuais brasileiros, como um experimento amador, nada profissional, que nunca contou com  controle social e nem gestão compartilhada, sem debates públicos ampliados e sobretudo sem resultados apresentados e plausíveis, tendo em vista as expressões das questões sociais da população brasileira. O Programa foi uma atividade da ex Primeira Dama do Governo #FHC que, aliás, sempre se superpôs à política determinada pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS.

Estes Ministros e o Ministro Osmar Terra parecem representar bem as fábulas que estão se tornando realidade: Lobos em pele de cordeiro e raposas, tomando conta de galinheiros.

Leia artigo sobre o assunto na íntegra:

Fonte: http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/05/31/dez-ministros-receberam-doacoes-eleitorais-de-empresas-interessadas-em-suas-pastas/

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